Diversas caravelas-portuguesas foram vistas por banhistas, nesta quarta-feira, na Praia do Itararé, em São Vicente. O surgimento da espécie é bem comum nesta época do ano e ocorre por causa da correnteza marítima. Mesmo mortas, elas oferecem perigo.
O contato com a caravela-portuguesa é altamente perigoso. Ela oferece grande risco, pois pode causar queimaduras de até 3º grau, devido aos seus tentáculos, que liberam uma substância extremamente urticante. A queimadura pode até causar uma parada cardiorrespiratória, levando a pessoa a morte, principalmente em crianças.
Segundo o biólogo marinho Alex Ribeiro, coordenador do Aquário de Santos, cada caravela (Physalia physalis) é uma colônia de indivíduos, com tentáculos utilizados para capturar presas. “Eles soltam uma toxina paralisante, que continua ativa mesmo fora d’água. O aumento da incidência de acidentes está sempre associado ao verão”.
Alex reforça que é fácil identificar uma caravela, uma vez que ela está sempre com sua bolsa de ar acima do nível d’água. “É essa bolsa que a conduz na direção dos ventos e correntes. Se a pessoa a vir, melhor não se aproximar”.
A orientação é de que, ao avistar uma caravela-portuguesa na praia, não chegar perto. Se tiver contato involuntário com uma, no mar ou na areia, não coce ou esfregue o local, para não espalhar o veneno.
E procure um médico imediatamente, pois como algumas pessoas são alérgicas às toxinas, podem sofrer um choque anafilático.