Um mergulho pela história da fauna marítima, passando pelas espécies pré-históricas e chegando até os animais que vivem nos dias de hoje. Essa é a proposta do Museu do Mar, na Ponta da Praia, que desde 1984 reúne peças raras como animais taxidermizados e conservados em formol, contribuindo para o conhecimento em relação ao mar, parte importante da história de Santos.
Na entrada, um pequeno lago com carpas e a escultura de um tubarão adiantam o que vem pela frente. Ao adentrar o Museu, pode-se ver centenas de exemplares de diversas espécies, além de ossos, conchas e outros materiais. O passeio acontece pela ordem evolutiva: dos animais menos desenvolvidos aos mais complexos.
No mostruário à esquerda ficam as esponjas, corais e moluscos, animais que existem há milhões de anos. No centro, estão expostos fósseis marinhos e centenas de conchas das mais variadas formas e espécies, incluindo aquelas que produzem as tão valiosas pérolas. No canto direito, o espaço se reserva aos animais mais desenvolvidos: uma parte dedica-se às tartarugas, outra aos golfinhos e baleias e, por fim, às aves marinhas.
Os tubarões são o forte do museu, que abriga em sua coleção cerca de 30% de todas as espécies que vivem pelo Brasil. Entre eles, um tubarão-baleia, o maior peixe do mundo; exemplares das espécies anequim e tigre, algumas das mais perigosas; um espécime de tubarão-mangona, tão raro que há apenas três expostos no mundo. Para avistá-los, basta olhar para cima, pois as peças ficam suspensas por cabos de aço, dando a impressão de que agora os animais nadam pelo ar.
Outras peças curiosas são os embriões de tubarão: um com duas cabeças e um ‘ciclope’, com apenas um olho – ambos frutos de anomalias genéticas. Além disso, também estão expostos dentes de megalodonte, um tubarão pré-histórico extinto há milhões de anos; óleo e barbatanas de baleia; uma ostra gigante que pesa mais de 100kg e um peixe-lua ainda mais pesado, com 254 quilos – a espécie é considerada o maior peixe ósseo do mundo.
PAIS E FILHOS
Um aquário com os peixes palhaço, blue tang e yellow tang, presentes no filme ‘Procurando Nemo’, entretém as crianças. Se os pequenos visitantes prestarem bem atenção, também conseguem perceber a presença de esponjas e crustáceos que deram origem ao desenho animado ‘Bob Esponja’, outra obra querida por muitas gerações.
Os papais também podem se divertir com os filhos na área interativa, ainda em fase de desenvolvimento. No local há dois cascos de tartaruga de tamanhos diferentes, que servem como totem para fotos em família. Uma mesa repleta de materiais como corais, mandíbulas e bicos de diferentes espécies permite que os pequenos tenham uma experiência sensorial diferenciada, já que não é permitido tocar nas demais peças em exposição. Ainda na sala, as crianças podem comparar a própria altura com a da mandíbula de um cachalote, com quase 4 metros de comprimento.
LOJA
A loja, situada ao fundo do Museu, de frente aos sanitários, oferece uma série de produtos que podem ser adquiridos e levados como lembrança da visita especial ‘ao fundo do mar’. Há mandíbulas taxidermizadas e colares com dente de tubarão, camisetas, esculturas, conchas e diversos itens com a temática pirata.
SERVIÇO
O museu fica na Rua República do Equador, nº 81, na Ponta da Praia. O horário de funcionamento é das 13h30 às 18h, de quarta a segunda-feira, e das 9h às 18h nos meses de janeiro e dezembro (período de férias). O ingresso custa R$ 30,00 – que pode ser pago com dinheiro ou cartão – e dá acesso ao Museu Marítimo, há 80 metros do Museu do Mar.
VISITAS MONITORADAS
Escolas, universidades e agências turísticas podem agendar visitas monitoradas por meio do telefone (13) 3261-4808 ou pelo e-mail museudomar@museudomar.com.br. O valor do ingresso cai para R$ 25,00 para grupos acima de 20 pessoas. Professores e guias turísticos não pagam. As visitas também podem ser agendadas para o período da manhã e às terças-feiras, quando o museu está fechado, em casos de impossibilidade de comparecimento em outro horário.