Geral

“Não dá para ter restaurante aberto e somente escola fechada’, diz secretário de Educação de SP

O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse nesta sexta-feira (29), que o governo paulista espera conseguir reverter a decisão da Justiça e permitir o retorno das aulas presenciais no estado.
Nesta quinta (28), uma liminar suspendeu o retorno das aulas presenciais, após ação movida pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A decisão vale para escolas públicas e privadas.
A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo recorreu da decisão na manhã desta sexta. O pedido de suspensão da liminar foi enviado ao presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Geraldo Pinheiro Franco.
“Não dá para ter bar aberto, restaurante aberto, tudo aberto e somente a escola fechada (…) Nós estamos voltando mais lentamente do que a maioria dos países do mundo”, afirmou Rossieli em entrevista ao Bom Dia SP.
O secretário também fez críticas a um dos sindicatos que assinam a ação para barrar o decreto do governador João Doria (PSDB) que autorizava a abertura das escolas mesmo se o estado registrasse piora nos índices da pandemia de Covid-19.
“Me parece que um dos sindicatos que entra com a ação pedindo para não ter as escolas funcionando é um dos que tem a colônia de férias funcionando durante todo o verão. Então, colônia de férias para o sindicato pode, voltar às aulas, não”, disse Rossieli sobre o Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo).
Ainda de acordo com Rossieli, na rede estadual, o cronograma de planejamento foi mantido nesta sexta (29), uma vez que a pasta ainda não tinha sido notificada pela Justiça.
“Tem uma série de questões que precisam estar lá na decisão e que precisam ser notificadas. Neste momento, está mantido o planejamento até que a gente receba a notificação.”
“Hoje é um dia de planejamento, de uma ida dos professores às escolas, justamente para discutir como deve ser esse processo de volta em cada uma das unidades. É um momento importante, de discussão dentro da escola”, afirmou.
“Acho que existe muita hipocrisia nesse debate com os sindicatos. É importante posicionar porque as pessoas precisam ter a informação correta. Temos muitos profissionais que querem, sim, retornar, muitas famílias que querem, sim, retornar, que acham importante voltar.”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *