A capoeira é um patrimônio cultural brasileiro. Por essa razão, no dia 3 de agosto é comemorada a data em homenagem àqueles que dedicam suas vidas por ela. Em busca de expandir cada vez as tradições culturais e esportivas ao Município, a Secretaria de Esportes (Sespor) inaugurou a escolinha de capoeira, que tem como finalidade incluir todos os segmentos da sociedade, uma das essências capoeiristas. Afinal, a modalidade representa, em sua origem, uma luta de resistência à opressão, já que a iniciativa partiu de africanos escravizados no Brasil.
O evento contou com um ‘aulão’ especial, ministrado pelos mestres Marcio dos Santos e Katia Abreu, e o contramestre André Sorriso. Além disso, também houve confraternização entre profissionais e alunos.
“Buscamos resgatar cada vez mais a ancestralidade e desenvolver políticas públicas igualitárias. Além disso, a capoeira traz noções de força, equilíbrio, lateralidade e mobilidade”, ressalta Marcio dos Santos, mestre de capoeira e secretário adjunto da Sespor.
As matrículas estão abertas e podem ser feitas no Centro Esportivo Bitaru, local onde as aulas serão realizadas todas as segundas e quartas-feiras, às 19h.
História da capoeira – Praticada no Brasil desde o final do século XVI, a capoeira mistura artes marciais, esporte, cultura popular, músicas e danças. O que muita gente não sabe é que, durante muito tempo, a modalidade foi proibida no país. De acordo com a Lei ‘Sampaio Ferraz’, de 1890, a prática de capoeira era considerada crime.
Para não despertarem suspeitas, os escravos adaptavam os movimentos da luta aos cantos da África, fazendo de tudo para parecer uma simples dança.
Após muitos anos de repressão, a capoeira no Brasil finalmente foi legalizada pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, em 1941.
Hoje tratada como um patrimônio, a capoeira possui enormes proporções e é praticada em todas as regiões do país, incentivando o exercício físico e, principalmente o respeito e a luta pela igualdade.