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Menina indígena é primeira criança vacinada contra a Covid-19 em São Vicente

“Estou me sentindo muito feliz e protegida. Nunca vou esquecer deste dia”. Essas foram as palavras de Lauana Gabriel Jâxuká, garota indígena de 10 anos, residente da aldeia Tekoá Paranapuã, localizada no Japuí, que protagonizou um momento histórico para a Primeira Cidade do Brasil, sendo a primeira criança vacinada contra a Covid-19 em São Vicente.

A menina recebeu o imunizante nesta segunda-feira (17), na UBS Parque Bitaru, por volta das 9h. Prestigiando o momento especial, o prefeito Kayo Amado compareceu à unidade de saúde e comemorou este avanço no combate à pandemia. “É um marco histórico. Um dia inesquecível para São Vicente. Foi maravilhoso imunizar a população adulta, no entanto, também estávamos ansiosos para proteger nossos pequenos.”

Segundo Kayo Amado, registrar a primeira criança vacinada em São Vicente foi essencial. “Trouxemos a Lauana até aqui para fazer um gesto simbólico. Certamente ela funcionará como incentivo às outras crianças. Vacina no braço. Vamos cuidar da saúde!”

Encantado ao ver a neta vacinada, o avô de Lauana, Ronildo Amandios, não escondeu sua emoção. “É um momento de alegria e satisfação perceber que o Município tem essa preocupação com as crianças indígenas. Agradeço muito à Secretaria de Saúde por zelar pela saúde dos pequenos.”

“Nem dormi nessa noite, pois estava bastante ansiosa por este momento. Além de ter autismo, meu filho possui problemas respiratórios. Portanto, é muito importante ele tomar a vacina, até para poder retornar à escola com segurança, que além da saúde, é o mais importante”, festejou Amanda Quaresma, mãe do pequeno Miguel, de 6 anos.

Neste primeiro público infantil, estão contempladas as crianças de 5 a 11 anos de idade, com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas.

Para as crianças, São Vicente reservou seis unidades de saúde, que aplicam os imunizantes contra a Covid de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h30. São elas:

Área Insular

  • ESF Sá Catarina de Morais (Rua Travessa do Parque s/n);
  • ESF Esplanada dos Barreiros (Av. Brasil s/n);
  • ESF Bitaru (Rua Agostinho Pereira Pinto Júnior s/n).

Área Continental

  • ESF Humaitá (R. Maria Rocco, 311);
  • ESF Ponte Nova (Rua Salvador s/n);
  • ESF Parque das Bandeiras (Rua Luiz Gonzaga Lopes, 57 ).

“Destinamos os seis postos para oferecer, exclusivamente, a vacinação das crianças, com o intuito de facilitar a vida dos pais ou responsáveis e, também, porque o imunizante aplicado nesse público é diferente das demais faixas etárias”, explica a secretária de Saúde, Michelle Santos.

Para receber a dose, o responsável deve apresentar um laudo médico indicando qual tipo de doença ou condição a criança tem.

Outro detalhe importante é que o responsável pelo menor pode fazer o pré-cadastro no vacinaja.sp.gov.br antes da vacinação. Quem não conseguir, deverá fazer na hora, com a apresentação do cartão SUS.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo classifica como comorbidades: insuficiência cardíaca; cor-pulmonale e hipertensão pulmonar; cardiopatia hipertensiva; síndrome coronariana; valvopatias; miocardiopatas e pericardiopatas; doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas; arritmias cardíacas; cardiopatias congênitas; próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados; talassemia; síndrome de Down; diabetes melittus; pneumopatias crônicas graves; hipertensão arterial resistente e de artéria estágio 3; hipertensão estágios 1 e 2 com lesão órgão alvo; doença cerebrovascular; doença renal crônica; imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos); anemia falciforme; obesidade mórbida; cirrose hepática e HIV.

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