O prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Podemos), apresentou e explicou, na noite desta quarta-feira (9), a proposta enviada aos servidores municipais de São Vicente.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Vicente (SindServSV) anunciou, pela manhã, que pouco mais de metade dos 6.652 integrantes da categoria entrarão em greve, a partir da zero hora desta quinta (10), devido ao impasse nas negociações de reajuste salarial aos trabalhadores.
O chefe da Administração Municipal vicentina publicou um vídeo nas redes sociais, onde afirma que fez “o máximo de esforço, com todas as dificuldades que o município tem, para valorizar quem menos ganha e trazer mais justiça ao salário”.
Dentre as propostas apresentadas, a primeira anunciada por Kayo Amado foi que nenhum servidor municipal irá receber abaixo de um salário mínimo.
“Havia um orçamento de R$ 20 milhões para fazer o reajuste do servidor. Gostaríamos de fazer muito mais, mas dentro das condições que recebemos a Cidade estamos fazendo o máximo de esforço para entregar uma proposta que seja justa. O objetivo é resolver problemas históricos da Cidade, não é possível fazer mágica. Estamos nos esforçando, com um trabalho sério para que todas as pessoas possam prosperar em São Vicente”
PROPOSTA:
- Nenhum servidor vai receber menos que um salário mínimo;
- Pagamento das rescisões das aposentadorias atrasadas, iniciando pelas realizadas em 2016,
- Incorporação progressiva do abono no salário até 2024, iniciando este ano em 30%;
- Equiparar o abono dos servidores da referência K as demais referências;
Equiparação gradativa do salário dos professores de PEB I e PEB II, iniciando em 40% em 2022.
JUSTIÇA:
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, nesta quarta-feira (9), que somente parte dos servidores públicos de São Vicente poderão aderir a greve na cidade. Para saúde e educação, 20% dos trabalhadores poderão deixar de trabalhar, e 30% nos demais setores.
A categoria pede a correção de 16% nos vencimentos, índice da inflação acumulada nos últimos dois anos. No entanto, a administração defende o percentual de 1,5 de reajuste, conforme o Sindserv.
Diante da situação, a prefeitura entrou com um pedido de liminar na Vara da Fazenda Pública de São Vicente para que não houvesse o comprometimento dos serviços essenciais, como educação e saúde.
Na tarde desta quarta-feira, o juiz Fabio Francisco Taborda determinou que o Sindicato garanta que 80% dos servidores dos dois setores compareçam em cada unidade, como escolas, hospitais, e postos de saúde, entre outras. Já nas demais áreas, o percentual deve ser de 30%, sob pena de multa diária de R$ 50 mil para o SindServSV.