O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira (12), pela cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val (União Brasil).
Todos os nove parlamentares do grupo concordaram com o parecer apresentado pelo relator Delegado Olim (PP), que considerou que o deputado, também conhecido como “Mamãe Falei”, quebrou o decoro parlamentar quando, ao visitar a Ucrânia, enviou mensagens de voz fazendo comentários sexistas sobre ucranianas que tentavam deixar o país.
Agora, para que o deputado perca o mandato, a Mesa Diretora da Alesp deverá aprovar o processo para que ele siga tramitando e, em seguida, a punição deve ser votada pelo plenário da Assembleia, que tem a palavra final sobre a decisão.
Caso a maioria simples, de 48 entre 94 deputados, concorde com a cassação, Arthur do Val irá perder o cargo de deputado estadual por São Paulo. A data da votação em plenário ainda não foi marcada.
Votaram a favor todos os membros do colegiado: Adalberto Freitas (PSDB), Enio Tatto (PT), Barros Munhoz (PSDB), Deleado Olim (PP), Erica Malunguinho (Psol), Campos Machado (Avante), Marina Helou (Rede), Estevam Galvão (União Brasil) e Wellington Moura (Republicanos).
Além dos deputados, um grupo de mulheres ucranianas esteve presente na sessão do Conselho desta terça para acompanhar a votação do relatório que pedia a cassação de mandato do parlamentar.
Já do lado de fora do auditório onde o colegiado se reuniu, um grupo de cerca de cem pessoas entrou na Alesp com cartazes, faixas e cantos pedindo pela redução da pena de Arthur.
O deputado estadual Gil Diniz (PL) interrompeu a sessão do Conselho para denunciar uma suposta agressão que seu ex-assessor, Rafael Feltrin, teria recebido do membro do Movimento Brasil Livre (MBL) Renato Battista do lado de fora da Alesp. Diniz informou que um boletim de ocorrência será realizado.