O saguão do Paço Municipal de São Vicente (Rua Frei Gaspar, 384 – Centro) recebe a partir desta terça-feira (11), às 16h, a exposição de desenhos de um jovem e habilidoso vicentino. No total, o público poderá apreciar, das 9h às 17h, 32 ilustrações de Makawllim Tomé. A mostra vai até o dia 14 de janeiro.
Com paciência e muita dedicação, o estudante de 16 anos é um talento nato na arte do desenho, e que vem desenvolvendo técnicas para aprimorar ainda mais os seus traços, em especial retratos. A produção dos retratos é toda em lápis de cor sobre folhas A4 de papel canson.
A riqueza de detalhes chama a atenção, em especial pelas expressões realistas. São verdadeiras obras, entre criações próprias, reproduções e releituras, que saem das mãos firmes e precisas do jovem, que mora com a mãe no Parque Continental, bairro da Área Continental de São Vicente.
“Dependendo do quão inspirado estou e do grau de dificuldade, o tempo varia de quatro a dez dias para concluir um desenho”, revela Makawllim, detalhando que divide a criação em etapas. “Um dia faço o esboço, no outro a bochecha, depois o cabelo, até concluir. São de quatro a cinco horas por dia”.
Além das obras físicas, o promissor desenhista está migrando para as produções digitais. “Ele criou no celular a capa do meu livro, o romance sobrenatural Em um instante”, conta a mãe, Monalisa Tomé. “Ele é muito perfeccionista, sempre em busca da excelência do resultado final.”
PRÊMIOS – O dom de Makawllim não está limitado ao desenho. Desde muito pequeno, ele já criava esculturas. Na sala de sua casa, alguns transformers montados em lego chamam a atenção, além de medalhas conquistadas em concursos escolares de redação.
Escrever, inclusive, rendeu a ele um prêmio internacional durante a pandemia, marcado por uma série de desafios e superações. Em 2020, matriculado na EMEF CAIC Ayrton Senna, o estudante ficou em primeiro lugar em um concurso literário de Genebra, na Suíça. Ele escreveu a redação a mão e ditou, por telefone, para a sua professora de português, Alexandra Rodrigues, que passou o texto para o computador e enviou via internet. A história que criou teve como título A Trajetória de um Anjo, inspirada na mãe, a qual considera uma grande protetora. Resultado: foi o vencedor na categoria prosa, garantindo a publicação no livro ‘Era uma vez um anjo’, lançado no 1º Salão Internacional do Livro e da Cultura de Genebra Cultive.
Mas é manipulando o lápis de cor que o multifacetado jovem se sente feliz. “Perdi muita coisa que criei, mas tenho uma parte guardada em uma caixa. Meu portfólio é de tudo o que fiz a partir dos 13 anos.”
Aluno da Escola Albino Luiz Caldas Humaita sv