A dona de casa Márcia Teixeira estava no quintal de sua casa, no domingo (12) pela manhã, quando reparou em algo diferente na rede de proteção que há no muro. Ao se aproximar, percebeu ser um passarinho. “Ele estava escorado na tela de proteção dos gatos e parecia cansado. Pensei que estava doente.”
Márcia tentou pegá-lo e, sem cerimônia, o pequeno pássaro aceitou ser recolhido e até adormeceu em sua mão. Ao olhar de perto, a dona de casa e seu marido notaram que era um bico-de-lacre, espécie exótica e proveniente da África, que foi introduzida no Brasil pelos navios negreiros durante o reinado de Dom Pedro I. A ave se alimenta de sementes e costuma ser vista em bandos, vivendo com os mesmos parceiros para sempre.
O casal preparou uma caixa de sapatos com furos na tampa para manter a ave protegida e ligou para a Guarda Civil Ambiental pelo telefone 153. Em menos de 30 minutos a equipe chegou à residência e realizou o resgate do animal. O bico-de-lacre será encaminhado, juntamente com outras aves resgatadas, ao Parque Estadual do Tietê, na Fundação Zoológico, onde receberão tratamento e depois serão soltas.
A GCM Ambiental orienta que, caso o animal silvestre seja de grande porte como, por exemplo, gavião, tamanduá ou preguiça, o munícipe não se aproxime para não ser atacado. “Quem resgatar ou presenciar algum animal em situação de risco pode ligar para o número 153 ou diretamente para a nossa base, no 3467-7434. O atendimento é 24h”, explica o GCM Valter Santo.