A orientação para que as pessoas recolham as fezes dos seus animais de estimação é antiga e não segui-la é até passível de multa. Mesmo assim, ainda falta conscientização de grande parte da população. Além do contratempo desagradável de pisar na sujeira, as fezes dos animais contaminam o solo, chegam às praias, causando risco de doenças como o bicho-geográfico e colocam a saúde dos próprios animais em risco.
Sim, o dono do animal que não recolhe as fezes está expondo seu próprio pet, e todos os outros, a diversas doenças. “O próprio cachorro pisa nessas fezes que não foram recolhidas ou até na calçada contaminada, já que muitas fezes foram dissolvidas com a água, e depois lambem as patinhas”, explica a médica-veterinária Karoline Castro, coordenadora da Codevida (Coordenadoria de Defesa da Vida Animal).
“Eles ficam expostos a bactérias, verminoses, a giardíase, que é uma das mais comuns e pode contaminar e até causar recontaminação no próprio animal. Além disso, existem as doenças virais como a parvovirose e o coronavírus canino. Acabam comprometendo seriamente a saúde deles, principalmente se não forem vacinados”, diz.
LIXEIRAS
Vale lembrar que não basta recolher as fezes e deixá-las embaladas embaixo de uma árvore ou em um canto, por exemplo. O correto é colocar em uma lixeira. A multa para quem for pego cometendo essa infração é de, no mínimo, R$ 150,00, de acordo com lei complementar 831/2014.
TOTENS
Para conscientizar e estimular a população, a cidade de Santos oferece mais de 100 totens em pontos estratégicos. Cada um oferece embalagens feitas do papel kraft (o mesmo usado na embalagem de pães e salgados).
A reposição de material é feita duas vezes ao dia e cada dispositivo tem disponibilidade de cinco mil sacos de papel por mês. Os totens também apresentam informações sobre o modo correto de recolhimento e descarte das fezes.