Santos tem o menor índice de homicídios entre as grandes cidades do Estado com mais de 400 mil habitantes. Em 2020, a taxa foi de 1,89 assassinatos a cada 100 mil habitantes, o que também é a menor registrada em Santos nos últimos 20 anos. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado, que ainda apontam queda, ano passado, nos índices de crimes como furto e roubo – são 757,41 e 305,34, respectivamente, por 100 mil habitantes, também inferiores aos últimos 20 anos.
Ao resultado positivo são atribuídas as diversas políticas públicas de segurança implantadas no Município como ampliação de ações de monitoramento por câmeras; reforço de policiais militares com a Atividade Delegada e atuação preventiva da Guarda Civil Municipal (GCM), com cerca de 340 guardas trabalhando pela segurança da população e na fiscalização do Código de Posturas.
Somadas a este trabalho estão as políticas públicas sociais, com as Vilas Criativas, que oferecem oportunidades de aprendizado e de empreendedorismo, principalmente em áreas de vulnerabilidade. “Em segurança pública, as causas que levam acometimento de crimes são multidisciplinares, portanto, os remédios para diminuição dos problemas também são multidisciplinares. Na medida em que se tem uma cidade mais controlada sob o ponto de vista de comportamentos errados quanto ao Código de Posturas, de mobilidade urbana, de iluminação, de asfaltamento e de oferta de serviços de saúde e escolas, você já está contribuindo também com a segurança pública”, afirma o secretário de Segurança, Sérgio Del Bel Jr.
O trabalho integrado das polícias civil e militar e da GCM; as operações força-tarefa em conjunto com a PM e outros setores de fiscalização da Prefeitura; além da Operação Verão, convênio entre Município e Estado durante a temporada, são ações que também revertem em mais policiamento na rua, ressalta o secretário.
Centro de Controle Operacional
Outro destaque são as mais de 1.400 câmeras de monitoramento que convergem para o Centro de Controle Operacional (CCO). “O CCO foi um grande avanço. A tecnologia incorporada é muito avançada, permitindo o cruzamento de informações e dados em tempo real não só por imagem, mas já armazenadas no nosso sistema, por meio do SigSantos. Isso reverte em uma Cidade mais controlada do ponto de vista do descumprimento de normas legais, que podem levar a acometimento de crime. É a somatória de vários fatores que contribuem na melhoria da segurança”, acrescenta.
Vilas criativas contribuem para desenvolvimento social
Importantes centros culturais instalados em áreas de vulnerabilidade social da Cidade, as Vilas Criativas, que tiveram início em 2015, integram as políticas públicas sociais que contribuem para o desenvolvimento social, por meio da economia criativa, transformando realidades. Além de proporcionarem qualificação profissional, estimulam o convívio social por meio de atividades relacionadas à arte e ao esporte.
Ligadas à Secretaria de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo, ao todo são nove no Município: Mercado, Vila Nova, Zona Noroeste, Vila Progresso, Morro da Nova Cintra, Caruara, Morro da Penha, Sênior, além da Ecofábrica, escola de marcenaria ecológica que ensina o ofício por meio da construção de mobiliário com madeira 100% proveniente de reciclagem.
Mais de 35 mil pessoas já passaram por elas em atividades esportivas, culturais e cursos profissionalizantes. As atividades estão abertas permanentemente com horário reduzido, em razão da pandemia. Para esse ano, mais de 1.500 vagas serão ofertadas em cursos profissionalizantes.
“É missão das Vilas dar, a essas comunidades, a opção de profissionalização, lazer, esporte e cultura, como forma de contribuir para diminuir a pobreza extrema e a violência”, diz o diretor do Escritório de Inovação Econômica, André Falchi.