O infectologista Marcos Caseiro acredita que a Baixada Santista não permanecerá por muito tempo na Fase Amarela do Plano SP. “O aumento de casos em janeiro será grave. Por favor, fiquem em casa. Ainda temos um grande número de pessoas que podem se infectar. E é bom lembrar que 32% da população santista tem mais de 50 anos, grupo considerado vulnerável ao novo coronavírus”, afirmou.
Em entrevista ao SantaPortal, ele criticou os critérios para mudança de fase: “Usam a taxa de ocupação de leitos nas cidades. Isso é um equívoco. Estamos numa tendência de aumento de casos por falta de cuidado das pessoas. Não dá para viver na irresponsabilidade, temos que ser prudentes”, reforçou.
De acordo com Caseiro, o colapso na saúde no Amazonas, que causou falta de oxigênio em hospitais de Manaus deve servir de alerta. ” Temos que considerar dia 14 de janeiro um dos dias mais tristes da medicina brasileira. Sou formado há 33 anos e não me lembro de um dia ter faltado o básico. As pessoas morreram sem oxigênio ”, opinou.
Para ele, as pessoas que comemoraram o cancelamento do lockdown frente ao aumento de casos está calado agora. Além disso, disse que um culpado precisa ser encontrado.
Reflexo das festas de fim de ano
Questionado, Caseiro lembrou que essa alta de casos tem como reflexo das festas de fim de ano. E ainda enfatizou que quem mais sofre diante da situação é a população de classe mais baixa. “As pessoas que fizeram congestionamento de jatinho em Trancoso estão no Albert Einstein. O pobre vai para o SUS e corre risco de ficar sem oxigênio. Estão morrendo!”.