O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou à CBN que a vacinação contra a Covid-19 pode começar na segunda-feira, se a Anvisa aprovar o uso emergencial da Coronavac amanhã.
Os diretores da agência se reunirão no domingo para discutir a liberação de duas vacinas contra o coronavirus: a Coronavac, feita pelo Butantan, em parceria com a farmacêutica Sinovac e a vacina de Oxford, feita em parceria com a Astrazeneca e a Fiocruz.
A reunião começará as 10h da manhã e está previsto para que termine até às 3 horas da tarde. Segundo o secretário Jean Gorinchteyn, se o uso emergencial da Coronavac foi aprovado, o plano de vacinação contra a Covid-19 será implementado no estado já na segunda-feira:
‘Se tiver tudo ok, na segunda-feira, teremos o nosso programa realmente implementado. É importante a gente lembrar que o fato de São Paulo iniciar eventualmente antes a vacinação, não quer dizer uma desobediência do programa nacional de imunização. Muito pelo contrário, nós tivemos, como eu disse, eu pessoalmente estive no ministério pra gente inserir a vacina no programa nacional de imunização. Então pra nós é uma alegria democratizar e permitir que todos os brasileiros, pelo menos grande parte no momento, tenham acesso à vacina’
O site da Anvisa confirma que o Butantan entregou todos os documentos necessários para a análise da aprovação. Segundo o painel da agência cerca de 45% dos documentos já foram analisados e 55% estão sob análise.
Ainda segundo o secretário Jean Gorinchteyn, o estado não descarta entrar na justiça contra o pedido do Ministério da Saúde para que o Butantan entregue imediatamente as 6 milhões de doses da vacina coronavac.
Na sexta-feira, a pasta emitiu um ofício pedindo a entrega dos imunizantes prontos.
Antes mesmo de receber o ofício, ontem, o governador de São Paulo, João Doria, disse que 4,5 milhões de doses da Coronavac, que já estão prontas, seriam entregues ao Ministério da Saúde.
A estimativa do governo paulista é que 1,5 milhão de doses da vacina fiquem no estado e que não faria sentido enviar essas doses para o Ministério da Saúde e depois a pasta mandar de volta para São Paulo.